segunda-feira, 12 de abril de 2010

Um título


Era uma vez é muito clichê...
Então vamos começar com:
Não era uma vez, há muito tempo atrás, num lugar hostil, onde não era fácil manter a franja lisinha, onde havia muitas criaturas cruéis e até covardes como linces, piratas e ratos-cangurus. Era uma terra selvagem onde poucos conseguiriam viver sem perder sua sanidade mental. Lá vivia um lobo, que depois de mil anos reencontrou seu BFF, o furão cheio de artimanhas (ai sério), e sempre que se encontravam gostavam de ver um au-ki-mia (ou seja, um cachorro que quer ser gato).
Certa vez, o furão chamou o lobo para visitar novos lugares, onde as luzes tocam o chão (não, não era París). O furão ficou muito impressionado com a “Luz dos olhos” de um certo ornitorrinco que lá vivia, mas o lobo nem tanto. Eles continuaram a fazer essas viagens, mas o lobo só acompanhava o furão, pois ele era muito atrapalhado. Porém, certa vez o lobo passou a se sentir bem naquele lugar luminoso, talvez porque fosse um lugar neutro, que nada tinha a ver com o mundo de onde ele vinha, ou pelo menos era o que ele achava. Mas tudo estava interligado pela linha do raciocínio, até que ele percebeu que o que o fazia se sentir bem era o mesmo ornitorrinco que impressionou o furão. E enquanto o furão e toda a torcida do flamengo se preocupavam em morder uns aos outros, o lobo se preocupava com ela, a bela ornitorrinco.
Depois de um tempo, o furão e uma pequena fração da torcida do flamengo deixaram de se morder e partiram em outro caminho. O furão, por exemplo, foi a procura de uma tal de coala que já tinha visitado a cidade de muitas luzes e o furão, depois de um tempo, encontrou a perdida coala, e eles foram felizes para sempre, “mas isso é muito clichê” então: “... é só isso, não tem mais jeito, mas não acabou...”.
Sim, mas continuando... o lobo bem que continuou insistindo porque não é do feitio dos lobos desistirem na primeira derrota, nem na segunda, nem na terceira, nem na quarta, nem na quinta, nem na sexta, mas no sábado é irrelevante. Depois de algum tempo, o lobo “sentia vontade de ficar...”, porém entre “eu e você não era assim tão complicado, não era difícil perceber quem de nós dois ia dizer que é impossível o amor acontecer...”, mas “a gente se deu tão bem que o tempo sentiu inveja...”
Porque o ornitorrinco só tinha quinze mil anos, e o lobo tinha que viajar pra o Alabama? Porque em Aracaju ele ia ficar só, sozinho, mais solitário que um paulistano. Apesar de tudo, todos ainda se correspondiam pelo correio coruja.
Então: C#m E B F#


Bem, se você leu essa história, envie para 500.000.000.000 pessoas. Não deixe essa história morrer.
Para a ornitorrinco, do seu lobo preferido. Quandto ela, finalmente,
completou seus 16.000 anos,
que agora era tarde demais,