sexta-feira, 25 de novembro de 2011




Sinto falta de vozes que há tempos não escuto, sinto saudade dos sorrisos que outrora me iluminavam. Sinto falta até do medo de perder o que hoje eu já não tenho. De rir, de chorar. E dos abraços, ah, os abraços...

domingo, 9 de outubro de 2011

Precisa-se de faxina


   Gostaria de saber o que estou fazendo. Gostaria que minha luz estivesse mais forte, mas parece que quanto mais eu tento proteger a chama, ou riscar novos fósforos, mais ela enfraquece, como se eu a soprasse. Acho que preciso de energia renovável e sustentável. Não que eu não saiba onde é a fonte, eu preciso buscá-la e enchergar meu caminho, não mais tropeçar.
   Meu coração anda tão bagunçado quanto meu quarto. Ou pior, como meu guarda-roupa. Parece que, supostamente, eu tenho tanta coisa para fazer, ou  pra ocupar minha mente que simplesmente jogo minhas coisas por lá - no meu no meu quarto ou no meu coração - e deixo tudo como está: na maior desordem. E quando, finalmente, eu tenho um tempo para respirar, não posso; minha cama está cheia demais pra ter um lugar pra eu me deitar e meu coração está angustiado demais pra conseguir relaxar. Parece que meu dilema é sempre colocar as coisas em ordem. Tapada que sou penso que sempre posso arrumar só.
   Me sentir só é um dos meus piores defeitos. Quanto mais tento encontrar uma zona de conforto, mais me sinto excluída; quanto mais tento compartilhar, mais medo tenho de derramar lágrimas; quanto mais tento me aproximar, mais medo tenho de que me conheçam. Uns me decepcionam, outros me irritam, outros viram as costas, e eu, humana que sou, faço tudo isso com todos eles. Eu, humana que sou, faço tudo isso com todos eles e só vejo o meu lado.
   Eu, ingrata, mal-aventurada, solitária, pecadora, preocupada somente com minha própria vida, esqueço o que realmente devo fazer e a quem realmente devo buscar. Espero que isso sirva de lembrete pra mim.

domingo, 7 de agosto de 2011

Dicionário em branco

    As palavras perderam o seu poder, sua força, seu peso. É preciso observar atentamente, meus caros, para conseguir notar. Confesso que custei-me em perceber. No entanto, como já era do meu feitio observar coisas pequenas, destas que pouco importa para alguém, notei que não necessariamente perderam seu real sentindo, mas passaram o mesmo para outras palavras, frases ou período.
    Curioso é que quanto menos valor, mais noto tais expressões em uso. Ainda mais intrigante é que, em sua essência, elas possuem sim muita força, muito poder. Então, permiti-me um experimento. Tornei em silêncio esses sons tão usados, tão sem sabor; e mais, transformei em gestos, em olhares gritantes. A ausência de permitiu-me conhecer parte do seu brilho.
    Não obstante, atentei-me dos mais queridos, para eles pouco importava os significados das letras aos outros, bastava o vazio, o silêncio a dois; falar com os olhos... e aquela ânsia por ouvir, aquela dor por esperar. Seus momentos, por si só, já eram poesia.

Pronome pessoal do caso reto da primeira pessoa do singular + pronome pessoal do caso oblíquo átono da segunda pessoa do singular + conjugação do verbo amar na primeira pessoa do singular no presente do indicativo.

sábado, 23 de julho de 2011

Do que eu nunca esqueci

Afeto é mesmo algo estranho. Venho tardiamente falar-lhes, mas não demais. Sempre tem daqueles preciosos que deixam uma marquinha em seu coração, e que, de vez em quando, ou notá-la, você recorda. Recorda de todos os sorrisos, das palavras, dos mimos, das músicas tocadas, dos abraços demorados. Não me estranhe, sei que é tarde, contudo, há sempre um tempo em que nos vemos distantes demais da linha do tempo em que podíamos fazer algo em relação a isso. E o que nos resta? Só o querer. De estar perto, de novos conselhos, de muitas lágrimas até. De tudo de bom. E que, se ainda couber, que esse tão amado volte a visitar sua vida. A falta fica, junto com a vontade de recuperar o tempo perdido.
Perdoe-me as poucas palavras, é que as outras já silenciadas não caberiam aqui.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Meu primeiro haicai

Crio expectativas. Sem querer, sonho.
E se amanhã nada disso for, tentarei
esquecer, sobreviver.

Nota da autora: espero que não esqueçam do meu cantinho, assim como sinto falta dos seus!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Expressionismo

Querida máquina, cá estou eu tentando imaginar o que lhe escrever. Não tenho muito pra contar... ou talvez tenha. Mas não acho que seja de muita relevância. Eu tenho tanto a transcrever, tantos sentimentos para mostrar. Nada que deva ser exatamente escrito, e sim transparecido.

Paro. Deleito-me em lembranças... e, depois, sonhos. Volto-me para si (ou pra mim), suspiro e encaro o rotineiro, esperançosa. Por que se eu espero, espero no Senhor.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Mente-indo-me

Minha mente insiste em guardar lembranças, diálogos, sorrisos, confissões, discussões, abraços e olhares que nunca aconteceram. E - com quase certeza - nem vão.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

De novo.

Às vezes o que eu menos espero que aconteça, acaba vindo à tona, sem se importar se me é bom ou não. Dessa vez foi mais rápido, diferente e inesperado do que qualquer outra. Era algo que me fazia tão bem... e, como numa  explosão, fica tudo escuro, bagunçado e confuso, destroços por toda parte. Acho que a bomba sou eu.
Estar longe agora não me ajudou muito; não em relação a isso. As coisas ainda não foram reconstruídas. Ainda está confuso. A indiferença me cegou, cortou-me e tirou toda minha força. Sou capaz de pedir perdão por algo que não sei se fiz. Mas estar aqui e agora me fez perceber que a falta que faz a mim é maior do que eu já imaginava. Por que as músicas do meu celular me trazem suas lembranças? Por que meus dedos acariciam as teclas a sua procura? Será que sinto a mesma coisa que começou com tudo isso?
Me desfaço de toda distração e volto ao que realmente me trouxe aqui: a companhia daqueles que nunca me abandonaram, me façam rir ou derramar lágrimas. Restabelecer a conexão com o meu Senhor é o mais importante, e que Ele comece a minha metamorfose! Talvez eu possa voar... ou nadar.

Nota: mensagens me alegram muito, ainda mais quando vem com um sorriso em anexo.
Nota2: poingpong não é comigo 

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Um eu.

Sabe quando se tem muito pra dizer e não sabe pra quem exatamente?
Muito pra sentir, lugares para onde ir
Muito do que rir, muito do que chorar.
Dúvidas pra tirar!
Músicas para ouvir e tocar.
O mar para observar. No crepúsculo ou ao luar.
Muito do que se arrepender, muito há de se melhorar!
Pessoas para (re)encontrar.
Aconselhar, ser aconselhado.
Sorrisos e palavras sinceras pra distribuir.
O Deus para adorar - terna e eternamente.


E ninguém pra compartilhar.