Estou tão congestionada de mim mesmo que preciso derramar-me para caber mais em mim. Sequer sei porque tantas lágrimas encharcando as letras, quisera eu que elas adiantassem, que derramassem um tanto da confusão; só trazem mais. Depois de tanto guardá-las, preciso, uma hora aguar minhas palavras para que transformem-se em textos, então elas vem, sem eu mais lembrar o porquê e, assim, escrevo.
Mas tampouco é que não consigo um só parágrafo. Alguns períodos e pronto. Nada satisfatório. Quisera eu conseguir escrever de tudo que preciso. Dos que não tenho, dos que tenho e...
Paro, amasso, recomeço. Sempre do mesmo canto. Recomeço não, continuo. Caso recomeçasse, estaria diferente. Melhor ou pior, mas diferente. Mas eu simplesmente olho para as folhas seguintes em branco e penso: eu não consigo. Assim (...) eu não consigo. Estou cansada desses tão superficiais! Por que cansa tanto importar-se com quem pouco importa... Canso-me de SER tão supérfluo. Preciso dos de verdade.
Preciso desembaralhar-me.
E quase todos os dias, quando vejo um daqueles que sinto tanta falta, imagino-me correndo ao encontro, abraçando e, sem dizer nada, molhar-lhe toda a roupa até que as lágrimas cessem. Ao invés disso, passam, entram, ignoram ou acenam e fico eu com a mesma imagem pro resto do dia.
Sei bem do que preciso, aprendi, do pior modo qual o Único que estará sempre comigo.
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