sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Aleatório

Esquecera-se dos seus próprios conselhos. Ficaram em branco as folhas em que escrevera suas próprias palavras. Não encontrou as coisas que cultivou. As raízes foram arrancadas. Nada era recíproco. Nada.

Mas agora, depois de tanta melancolia, o choro se fez riso. E riso bobo, só por se lembrar. Lançam-se novas sementes. A folhas podem começar a serem reutilizadas. Nunca soubera onde levaria suas decisões friamente calculadas. Vivera sempre como joga um jogo de xadrez: prevendo cada movimento, tudo sob controle, sacrificando e salvando algumas peças...

Deixara pra trás suas estratégias de coisas incalculáveis e imprevisíveis; sonhava, apenas. De fechar os olhos e respirar fundo. Do resto, fazia questão de deixar tudo em ordem, mesmo quando nada estava. E do que podia, fazia questão de cuidar pra que fosse como tanto desejava. Para fazer sorrir. Pra mudar.

Várias páginas já haviam sido reescritas. E mesmo que não acreditasse nessas coisas, fez aqueles pedidos, de olhos fechados, sorrindo... boa parte deles já haviam sido realizados.

Pode ser somente um história, ou várias. Minha, sua ou dele. Ou as nossas, misturadas.

3 comentários:

Patrícia Melo disse...

Acho super incrível como sempre tem algo em seus textos que fazem com que eu me identifique.
Nesse, em especial, me identifiquei com praticamente tudo. E acho ótima a forma como você escreve. É como alguém lendo meus sentimentos hehe

Karlinha Ferreira disse...

Bom dia!!!

DE fato estava/estou um tantinho ausente, mas aos poucos vou tentando diminuir as distâncias.

Seu blog continua um bom lugar para se estar, tranquilo, enigmático e coerente. Adorei o texto.

Saudades...

Beijo grande!

Carolina Rosseto disse...

Muito bonito o texto! Belas palavras em meio a sentimentos, o que deixa o texto mais belo ainda.

Vim retribuir a visita ao meu blog e já estou seguindo! Gostei daqui. ;)
Beeijos.